Quais são os 10 mandamentos? - Igor e Gabriel
O primeiro mandamento: “Não deves ter quaisquer outros deuses em oposição à minha pessoa”, dava primazia a Jeová. (Êx 20:3) Envolvia sua elevada função e sua posição ímpar como Deus Todo-poderoso, o Altíssimo, o Soberano Supremo. Este mandamento indicava que os israelitas não deviam ter quaisquer outros deuses como rivais de Jeová.
O segundo mandamento era uma seqüência natural do primeiro, visto que proibia a idolatria de qualquer forma ou estilo, considerando-a uma afronta aberta à glória e à Personagem de Jeová. ‘Não deves fazer imagem esculpida, nem semelhança de algo que há nos céus, na terra, ou nas águas abaixo da terra, nem deves curvar-te diante delas ou servi-las.’ Esta proibição é acentuada com a declaração: “Porque eu, Jeová, teu Deus, sou um Deus que exige devoção exclusiva.” — Êx 20:4-6.
O terceiro mandamento, em seqüência apropriada e lógica, rezava: “Não deves tomar o nome de Jeová, teu Deus, dum modo fútil.” (Êx 20:7) Isto se harmoniza com a proeminência vinculada ao nome de Jeová nas Escrituras Hebraicas. A expressão “não deves tomar” tem o sentido de “não proferir” ou “não erguer (carregar)”. Fazer isso com o nome de Deus dum “modo fútil” seria erguer esse nome para uma falsidade, ou “em vão”. Os israelitas, que eram privilegiados de levar o nome de Jeová como suas testemunhas e que se tornaram apóstatas, na realidade estavam erguendo ou carregando o nome de Jeová de um modo fútil. — Is 43:10; Ez 36:20, 21.
O quarto mandamento declarava: “Lembrando o dia de sábado para o manteres sagrado, deves prestar serviço e tens de fazer toda a tua obra por seis dias. Mas o sétimo dia é um sábado para Jeová, teu Deus. Não deves fazer nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu animal doméstico, nem teu residente forasteiro que está dentro dos teus portões.” (Êx 20:8-10) Por considerarem esse dia como santo para Jeová, todos, mesmo os escravos e os animais domésticos, teriam o benefício de um descanso reparador. O dia de sábado propiciava também a oportunidade para as pessoas se concentrarem em assuntos espirituais, sem distração.
O quinto mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, pode ser considerado como um elo de ligação entre os primeiros quatro, que definem os deveres do homem para com Deus, e os mandamentos restantes, que especificam as obrigações do homem para com suas concriaturas. Uma vez que os pais servem quais representantes de Deus, por obedecer ao quinto mandamento, a pessoa está honrando e obedecendo tanto ao Criador como às criaturas a quem Deus conferiu autoridade. Este mandamento era o único, dentre os dez, que vinha acompanhado duma promessa: “A fim de que os teus dias se prolonguem sobre o solo que Jeová, teu Deus, te dá.” — Êx 20:12; De 5:16; Ef 6:2, 3.
Os mandamentos seguintes no código foram declarados de modo bem conciso: o sexto: “Não deves assassinar”; o sétimo: “Não deves cometer adultério”; o oitavo: “Não deves furtar”. (Êx 20:13-15) Passando em seguida de ações para palavras, o nono diz: “Não deves testificar uma falsidade contra o teu próximo.” — Êx 20:16.
O décimo mandamento (Êx 20:17) era ímpar no sentido de que proibia a cobiça, isto é, o desejo errado de possuir a propriedade e os bens, inclusive a esposa, pertencentes ao próximo. Legislador humano algum produziu tal lei, pois, deveras, humanamente não seria possível impô-la. Jeová, por outro lado, por meio deste décimo mandamento, fez com que cada um se tornasse diretamente responsável diante Dele, que vê e conhece todos os pensamentos secretos do coração da pessoa. — 1Sa 16:7; Pr 21:2; Je 17:10.